A Associação Portuguesa de Bancos (APB) comemorou o seu 40.º aniversário a 17 de outubro e, para comemorar a efeméride, organizou uma conferência sobre o papel do sector para o desenvolvimento social e económico do país ao longo destas quatro décadas de atividade.

Na conferência, a vice-governadora do Banco de Portugal Clara Raposo fez uma intervenção na sessão de abertura, seguindo-se o keynote speech do presidente da APB, Vítor Bento. Na sua intervenção, o professor Vítor Bento recorreu à metáfora das viagens no tempo para explicar que é através da banca que famílias e empresas conseguem satisfazer as suas necessidades do presente através da riqueza que irão gerar ao longo da vida.

“Ao adiantar-lhe hoje esse dinheiro, através do crédito, o banco funciona como se fosse um portal do tempo, que permite ao ou à jovem em causa ir ao futuro buscar as disponibilidades financeiras que um dia serão suas e voltar com elas ao presente para as usar agora, quando lhe fazem falta”, explicou o presidente da APB.

Após esta intervenção, o debate prosseguiu com os economistas Filipe Santos (dean da Católica-Lisbon), Ana Paula Serra (da Faculdade de Economia da Universidade do Porto) e Ricardo Reis (da London School of Economics). A discussão que foi moderada pela diretora do Jornal de Negócios, Diana Ramos.

A conferência contou ainda com um painel sobre a visão dos CEO, num debate que contou com Paulo Macedo (CGD), Miguel Maya (Millennium BCP), Pedro Castro e Almeida (Santander Portugal), Mark Bourke (novobanco) e João Oliveira e Costa (BPI). A conversa foi moderada por Isabel Vaz, CEO da Luz Saúde.

No debate, os banqueiros destacaram que, ao longo destas quatro décadas, houve mudanças na governação dos bancos, defenderam uma regulação que sobrecarregue menos o sector e afirmaram estar comprometidos em apoiar o investimento público e disponíveis para financiar investimentos.

A conferência foi encerrada pelo Ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.