8 de Abril, 2021

Em 2020, a rentabilidade do setor bancário foi bastante afetada pelos impactos da pandemia COVID-19, com o resultado líquido a cair 77%, em termos homólogos, para os 435 milhões de euros.

Este resultado é maioritariamente explicado pelo reforço expressivo das imparidades, que totalizaram 2,9 mil milhões de euros (mais 74% que o valor registado em 2019).

Apesar do momento adverso, os bancos reforçaram os seus níveis de solvabilidade (o rácio CET1 aumentou para 15,4% e o rácio de solvabilidade para 18,1%), o que lhes permitiu continuar dar uma resposta eficaz às necessidades de financiamento da economia. Em 2020, e apenas com referência à atividade doméstica, o crédito às empresas cresceu mais de 10% e o crédito a particulares subiu 1,6%, em termos homólogos. Já os depósitos, em termos consolidados, registaram um aumento de quase 5% face ao ano anterior, para os 279,8 mil milhões de euros.

Em 2020, os bancos deram continuidade ao seu processo de reestruturação, uma tendência que se tem verificado nos últimos anos e que resulta da necessidade de melhoria da eficiência operacional e da adaptação dos modelos de negócio às novas necessidades dos clientes.