14 de Junho, 2017

A Federação Bancária Europeia (EBF – European Banking Federation), de que faz parte a Associação Portuguesa de Bancos (APB), adotou formalmente um conjunto de princípios orientadores relativos à comunicação entre PME e bancos, respeitantes a pedidos de concessão de crédito. Pretende-se que estes clientes compreendam melhor os motivos que levam às decisões dos bancos de concessão, ou não, de financiamento.

“Criar as condições para que as empresas estejam melhor preparadas para aceder com sucesso ao financiamento irá contribuir para reforçar a sua capacidade de crescimento e, em consequência, da economia portuguesa”, sublinha o presidente da APB.

Fernando Faria de Oliveira lembra também que “a banca tem um papel chave no apoio ao crescimento das empresas, através do crédito que concede, a par de outras fontes de financiamento complementares, que podem igualmente ser relevantes. Vemos, por isso, como natural que o sector bancário possa dar um contributo de caráter mais pedagógico para um reforço dos conhecimentos financeiros das empresas”. “O tecido empresarial português é, em larga medida, composto por PME e é, por isso, crucial que estas saibam como tirar partido dos instrumentos de financiamento que têm à sua disposição para que os bons projetos não deixem de avançar”, conclui.

Estes princípios, assinados em conjunto com quatro outras associações bancárias europeias (EAPB, EACB, EMF-ECBC e ESBG), foram desenvolvidos em diálogo com a Comissão Europeia e organizações europeias de PME e pretendem contribuir para um ambiente favorável para o crescimento das PME na Europa, apoiando a sua capacidade de financiamento, melhorando os conhecimentos financeiros e promovendo o acesso ao crédito para projetos economicamente sólidos.

Os princípios orientadores, agora adotados, lançam diretrizes comuns quanto à informação a prestar pelas instituições financeiras a PME sobre: i) o que é esperado destas numa candidatura a um crédito, de forma esclarecedora e em linguagem compreensível; ii) que dados adicionais podem resultar em eventuais melhorias nos pedidos; e iii) em caso de recusa de financiamento, disponibilização de informação, a pedido do cliente, sobre os motivos que invalidaram a concessão de crédito.

Na comunicação feita pela Federação Bancária Europeia sobre os princípios agora acordados, Wim Mijs, CEO da instituição, referiu que “taxas de crescimento mais elevadas podem ser alcançadas ajudando as PME que não foram bem-sucedidas a compreender melhor o que podem fazer para obter financiamento”.

Mais informações em: http://www.ebf.eu/european-banking-associations-present-high-level-principles-for-banks-feedback-on-sme-credit-applications-press-release/.